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Comportamento Infantil: Desvendando os Sinais de Segurança Emocional das Crianças



Comportamento Infantil: Desvendando os Sinais de Segurança Emocional das Crianças
Comportamento Infantil: Desvendando os Sinais de Segurança Emocional das Crianças



Por que o meu filho age de forma tão desconcertante em certos momentos?


Todas as mães e pais já passaram por momentos em que o comportamento dos filhos parece inexplicável. Ora estão a fazer birras monumentais, ora se tornam excessivamente apegados, ou ainda se transformam em autênticos palhaços em situações inapropriadas. Estes comportamentos, frequentemente interpretados como problemáticos, são na verdade sinais poderosos de desenvolvimento saudável e vínculo seguro.



O comportamento do seu filho é preocupante ou apenas natural?

Muitas vezes, os pais questionam-se: "Por que o meu filho está a afastar-se?", "Porque está a agir de forma tão boba?", ou "Porque se apega a mim o tempo todo?". A verdade é que esses comportamentos são sinais saudáveis de desenvolvimento emocional e segurança.

Neste artigo, vamos explorar o significado dessas atitudes, ouvir especialistas, partilhar experiências de mães reais e sugerir ferramentas útis para lidar com cada situação de forma positiva.



O que significam certos comportamentos infantis?

Testando limites?

Isso significa que eles confiam em si. Quando uma criança desafia regras ou empurra os limites, não está a ser "malcriada", mas sim a testar a segurança do ambiente e dos cuidadores.

Agindo de forma muito boba?

Isso é pura alegria. Crianças expressam felicidade de maneiras espontâneas, e isso pode parecer "demasiado" para os adultos. No entanto, essa energia é essencial para o desenvolvimento.

Querendo controle sobre tudo?

Isso ajuda a construir confiança. Quando uma criança insiste em escolher a roupa ou definir as regras de um jogo, está a praticar autonomia e autoafirmação.

Mostrando grandes emoções?

Isso significa que se sente segura consigo. Uma criança que se permite chorar ou expressar frustração perto dos pais demonstra que se sente protegida e aceita.



Experiências reais de outras mães

Mães de diferentes contextos partilham as suas vivências:

Rita, mãe de um menino de 4 anos: "O meu filho passa do riso ao choro em questão de minutos. No início, eu achava que era falta de disciplina, mas depois percebi que ele apenas precisava de ajuda para lidar com as emoções. Agora, em vez de castigar, eu ajudo-o a nomear o que sente."

Carla, mãe de uma menina de 6 anos: "A minha filha quer sempre fazer tudo à maneira dela, e isso era um grande desafio. Mas quando comecei a dar-lhe pequenas escolhas, percebi que ela ficava mais colaborati

Ana Sofia, Lisboa"O meu Tiago, de 4 anos, começou a testar todos os limites possíveis. Dizia 'não' a tudo, ignorava as minhas instruções e questionava cada regra. Sentia-me uma péssima mãe até perceber que esta fase de testagem é um sinal positivo – ele sente-se seguro o suficiente para explorar limites porque confia que estarei lá, independentemente do resultado."

Mariana, Porto"A minha filha de 6 anos passou por uma fase em que queria controlar absolutamente tudo – desde a cor do prato ao caminho para a escola. Aprendi que esta necessidade de controlo não era um capricho, mas uma forma de ela desenvolver autonomia e confiança."

Cláudia, Coimbra"O Diogo transformava-se no mais palhaço de todos mal entrávamos num espaço público. Saltava, fazia caretas, gritava. Sentia-me embaraçada até compreender que esta exuberância era apenas a manifestação da sua alegria e conforto emocional."



O que dizem os especialistas?

A psicóloga infantil Dra. Patrícia Almeida explica:

"As crianças comunicam o que sentem através do comportamento. Quando um filho age de forma que parece desafiante, os pais devem tentar compreender a mensagem por detrás do comportamento, em vez de apenas reagir."

O pedagogo Dr. Ricardo Santos complementa:

"Os pais devem ser um porto seguro para os filhos. Crianças que testam limites ou se expressam intensamente estão apenas a confiar que os pais as ajudarão a encontrar equilíbrio emocional."

A psicóloga infantil Dra. Marta Figueiredo, do Hospital Dona Estefânia em Lisboa, explica: "O comportamento infantil que muitas vezes interpretamos como desafiador ou inadequado é frequentemente um sinal de desenvolvimento saudável. As crianças que testam limites estão a confirmar que os pais são uma base segura. É como se dissessem: 'posso explorar porque sei que estás aqui para me orientar'."

O pedopsiquiatra Dr. António Coimbra acrescenta: "Os comportamentos excessivamente bobos ou exuberantes são expressões de alegria genuína. A criança sente-se tão segura que pode expressar livremente as suas emoções, sem medo de julgamento."

A neuropsicóloga Dra. Isabel Soares destaca: "Quando uma criança mostra grandes emoções – desde choro intenso a gargalhadas incontroláveis – está a demonstrar que confia no adulto o suficiente para se mostrar vulnerável. É um sinal poderoso de vínculo seguro."



Descodificando o Comportamento Infantil: Sinais de Segurança Emocional

  • Testagem de limites: Quando o seu filho desafia regras, não está a ser "mal-comportado" – está a verificar se as fronteiras continuam firmes, o que lhe dá segurança.

  • Comportamento excessivamente bobo: A palhaçada exagerada é uma expressão de alegria pura e conforto emocional. A criança sente-se segura o suficiente para se expressar livremente.

  • Necessidade de controlo: Quando insistem em escolher a roupa ou decidirem o percurso para a escola, estão a desenvolver autonomia e confiança.

  • Expressão intensa de emoções: Choros dramáticos ou entusiasmo exagerado são sinais de que se sentem seguros para mostrar vulnerabilidade.

  • Comportamento regressivo: Voltar a comportamentos de bebé (como falar à bebé ou querer colo) é muitas vezes uma forma de procurar reconexão e segurança.



Dicas Práticas para Lidar com o Comportamento Infantil Desconcertante

  1. Respire fundo antes de reagir. O comportamento pode ser irritante, mas é frequentemente um sinal positivo.

  2. Reconheça o sentimento subjacente. "Vejo que estás muito entusiasmado hoje" ou "Pareces estar a precisar de mais atenção".

  3. Mantenha limites com empatia. "Compreendo que queiras continuar a brincar, mas é hora de jantar. Podes escolher levar um brinquedo para a mesa."

  4. Crie espaços seguros para a expressão emocional. Reserve momentos do dia para brincadeiras livres onde podem ser bobos à vontade.

  5. Ofereça escolhas limitadas para satisfazer a necessidade de controlo. "Queres vestir a camisola azul ou a vermelha?" em vez de "O que queres vestir?"

  6. Normalize todas as emoções. "É normal sentires-te zangado. Estou aqui para te ajudar a lidar com isso."

  7. Conecte-se antes de corrigir. Um abraço e validação antes de estabelecer consequências pode fazer toda a diferença.

  8. Responda com empatia – Pergunte: "O que estás a sentir agora?" em vez de "Podes parar de fazer isso?".

  9. Dê escolhas – Permita que a criança tenha algum controlo sobre pequenas decisões, como escolher a roupa ou o lanche.

  10. Nomeie emoções – Ajude a criança a identificar o que sente com frases como "Parece que estás frustrado. Queres falar sobre isso?".

  11. Seja um exemplo – Demonstre como lida com frustrações e emoções no seu dia a dia.

  12. Estabeleça limites com carinho – Dizer "Compreendo que estejas zangado, mas bater não é permitido" ajuda a manter o respeito sem punição.

  13. Seja paciente e compreensivo: Lembre-se que o seu filho está a aprender e a crescer.

  14. Estabeleça limites claros e consistentes: As crianças precisam de saber o que é esperado delas.

  15. Ofereça amor e apoio incondicionais: As crianças precisam de se sentir amadas e seguras.

  16. Permita que o seu filho expresse as suas emoções: As crianças precisam de aprender a lidar com os seus sentimentos.

  17. Esteja presente: A sua presença é o maior presente que pode dar ao seu filho.



Recursos e Ferramentas Úteis em Portugal

  • Linha SOS Criança: 116 111 – Para aconselhamento sobre questões relacionadas com o comportamento infantil.

  • Associação Portuguesa de Psicologia (APP): Oferece recursos e encaminhamento para psicólogos especializados em comportamento infantil.

  • Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental (CAFAP): Presentes em várias cidades portuguesas, oferecem programas de capacitação parental.

  • Biblioteca de Livros Digitais do Plano Nacional de Leitura: Contém histórias infantis que abordam emoções e comportamentos.

  • App "Pumpkin": Desenvolvida por psicólogos portugueses, ajuda os pais a compreenderem o desenvolvimento infantil.

  • SOS Criança – Linha de apoio a crianças e pais (www.soscrianca.pt)

  • Direção-Geral da Saúde – Guias sobre desenvolvimento infantil (www.dgs.pt)

  • Livros: "Educar com Amor e Limites", de Isabel Stilwell



Recursos e Ferramentas Úteis no Brasil

  • Sociedade Brasileira de Pediatria: Disponibiliza guias sobre comportamento infantil e desenvolvimento.

  • Instituto Alana: Oferece conteúdos gratuitos sobre parentalidade positiva e desenvolvimento infantil.

  • Fundação Maria Cecília Souto Vidigal: Recursos sobre primeira infância e vínculos familiares.

  • Canal GNT "Que Criança Sou Eu?": Programa que ajuda a entender comportamentos infantis desafiadores.

  • Plataforma "Tempojunto": Site com atividades para fortalecer vínculos entre pais e filhos.

  • Canal "Paizinho, Virgínio" no YouTube

  • Rede Nacional Primeira Infância (www.primeirainfancia.org.br)

  • Livro: "Disciplina Positiva", de Jane Nelsen



Recursos e Ferramentas Úteis em Angola

  • Centro Infantil Piaget: Oferece orientação para pais sobre comportamento infantil.

  • Hospital Pediátrico David Bernardino: Disponibiliza serviços de psicologia infantil e orientação parental.

  • Instituto Nacional da Criança: Recursos sobre desenvolvimento infantil saudável.

  • Linha SOS Criança Angola: Para aconselhamento e apoio em questões relacionadas com crianças.

  • Projeto "Criança Feliz Angola": Iniciativa que promove a parentalidade positiva em comunidades urbanas e rurais.

  • Centro de Apoio Psicológico Infantil de Luanda

  • Programa "Crescer Feliz" (Rádio Nacional de Angola)

  • Livro: "O Pequeno Ditador", de Javier Urra



As crianças não precisam ser "perfeitas" para serem felizes e saudáveis emocionalmente. Elas precisam apenas de espaço para serem autênticas e de pais que estejam presentes – não perfeitos, apenas presentes e responsivos.



O comportamento infantil que por vezes nos desconcerta ou frustra é frequentemente um sinal de que estão a crescer bem, com segurança emocional suficiente para explorar, expressar-se e desenvolver-se. Da próxima vez que o seu filho estiver a comportar-se de forma incompreensível, respire fundo e pergunte-se: "Que necessidade ou sentimento está por trás deste comportamento?" A resposta poderá surpreendê-lo positivamente.



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